Vírus

Mononucleose

você sabia que através de um beijo você pode estar sendo CONTAMINADO POR UMA DOENÇA CHAMADA MONONUCLEOSE, saiba tudo sobre ela e descubra por que elA é chamada de doença do beijo.

  A mononucleose infecciosa é uma doença contagiosa, causada por um vírus da família do herpes chamado de vírus Epstein-Barr (EBV) e transmitida através da saliva. É mais comum em adolescentes e adultos jovens e se caracteriza pela tríade clínica de febre, dor de garganta e aumento dos linfonodos.


Transmissão da mononucleose infecciosa  
  O vírus Epstein-Barr é transmitido através da saliva de humano para humano. Por esse motivo ganhou o apelido de "doença do beijo". Mas além do beijo, pode-se contrair mononucleose através da tosse, espirro e objetos como copos e talheres. O vírus da mononucleose é menos contagioso ao da gripe fazendo possível haver contato com pessoas infectadas e não se infectar.
  Um indivíduo infectado pelo EBV pode manter-se com o vírus na sua orofaringe por até 18 meses após a resolução dos sintomas, podendo contaminar pessoas que com quem mantenha algum contato íntimo, principalmente se prolongado.
 Na verdade, a maioria das pessoas que desenvolvem mononucleose não se recorda de ter tido contato com alguém doente, e a própria pessoa que transmite o vírus sequer imagina que ainda possa transmiti-lo.

Sintomas da mononucleose
  Quando adquirida na infância, a mononucleose costuma passar despercebida.. Essa incidência começa a subir com o passar dos anos, atingindo seu auge entre os 15 e 24 anos. Esta é a faixa etária que mais costuma apresentar infecção sintomática. A mononucleose é rara após o 40 anos. Nas pessoas que desenvolvem sintomas, o período de incubação, ou seja, desde o contato até o aparecimento da doença, é em média de 4 a 8 semanas.
  O quadro clínico típico envolve febre, cansaço, dor de garganta e aumento dos linfonodos do pescoço (ínguas). Outros sintomas inespecíficos como dor de cabeça, dores musculares, tosse e náuseas também são comuns.

  Na mononucleose a fadiga costuma ser intensa e persiste por semanas após a resolução do quadro. O aumento dos linfonodos também é um pouco diferente da faringite comum, acometendo preferencialmente as cadeias posteriores do pescoço e frequentemente se espalhando pelo resto do corpo. Uma dica para o diagnóstico diferencial entre as faringites bacterianas e a mononucleose é o aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo após o início de antibióticos, principalmente amoxacilina.
  Outro sinal característico da mononucleose é o aumento do baço, chamado de esplenomegalia. Quando este ocorre, é necessário manter repouso, devido ao risco de ruptura do mesmo. A ruptura esplênica (ruptura do baço) é rara, mas quando acontece leva a risco de morte devido ao intenso sangramento que se sucede. O baço aumenta tanto de tamanho que pode ser palpável abaixo do gradil costal esquerdo.
  O acometimento do fígado não é incomum, podendo levar a um quadro de hepatite com icterícia e aumento do fígado em até 20% dos casos. Outras complicações descritas, porém, menos comuns, são a síndrome de Guillain-Barré e a paralisia facial.

Diagnóstico da mononucleose 

  O diagnóstico é feito através do quadro clínico e confirmado por análises de sangue. No hemograma da mononucleose um achado típico é o aumento do número de leucócitos (leucocitose), causado pela maior produção de linfócitos (linfocitose). Na faringite bacteriana, são os neutrófilos que se encontram elevados. Quando o fígado é acometido, pode haver elevação da TGO e TGP
O diagnóstico definitivo, porém, é feito através da sorologia, com a pesquisa de anticorpos. O mais comum e simples é um exame chamado monoteste.


Tratamento da mononucleose
O tratamento baseia-se em sintomáticos e repouso. Não há droga específica para o vírus e o quadro costuma se resolver espontaneamente em 2 semanas.
Devido ao risco de ruptura do baço, recomenda-se evitar exercícios por pelo menos 4 semanas.